Boletim diário da ONU Brasil: “ONU seleciona projetos de jovens sobre soluções tecnológicas para desafios globais” e 8 outros.
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ter, 21 de mai 19:03 (há 3 dias)
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Posted: 21 May 2019 12:27 PM PDT
Estão abertas as inscrições de projetos no “Summer of Solutions”, iniciativa que busca reunir jovens de todo o mundo para criar soluções tecnológicas inovadoras para desafios globais.
A iniciativa é do Escritório da Enviada do Secretário-geral das Nações Unidas para a Juventude, em parceria com os Laboratórios de Tecnologia e Inovação das Nações Unidas (UNTIL) e com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A primeira convocação para inscrições do #SummerOfSolutions tem objetivo de solucionar desafios climáticos e busca soluções criadas por jovens e para jovens. As contribuições serão apresentadas durante a Cúpula Climática, em setembro de 2019, em Nova Iorque.
A campanha busca envolver e mobilizar jovens cientistas de dados, programadores, designers, estudantes e empreendedores de todo o mundo. Os vencedores dos desafios serão reconhecidos e convidados a demonstrar suas soluções na Cúpula da Juventude. Além disso, podem ser convidados a continuar como colaboradores.
O #SummerOfSolutions busca solucionar três desafios:
1. Desafio #OpenCI Plataform: Desenvolver soluções de sistemas de informação que possa servir como uma plataforma para melhorar o acesso de informações sobre o clima e o mercado.
2. Desafio #CircularEconomy: apresentar ideias para ferramentas das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação que sejam relacionadas à Economia Circular e possam resultar em melhorias rápidas e amplas para a sociedade.
3. Desafio #EthicalFashion: apresentar ideias para ferramentas das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação e para inovações de processos empresariais que sejam relacionadas à Moda e Têxteis Éticos. As ideias devem poder resultar em melhorias rápidas e amplas para a sociedade.
As inscrições são gratuitas. O prazo do Desafio #OpenCI Plataform é 30 de julho de 2019. O prazo dos outros dois Desafios termina em 3 de julho de 2019.
Mais informações estão disponíveis, em inglês, clicando aqui.
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Posted: 21 May 2019 11:49 AM PDT
Profissionais de Saúde, Educação e Assistência Social de Céu Azul em reunião sobre o projeto no dia 9 de maio. Foto: UNFPA Brasil
Desde abril, uma equipe do projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná realiza uma série de visitas a cidades da região. A ação faz parte das atividades previstas na parceria firmada entre Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e ITAIPU Binacional, e tem como objetivo aproximação da gestão municipal, mobilização de profissionais e identificação de pontos focais nos 51 municípios integrantes.
No fim de abril (29 e 30), a equipe foi recebida nos municípios de São Miguel do Iguaçu e Matelândia. Informações detalhadas sobre o projeto e identificação de pontos focais também aconteceram no início de maio (2 e 3) em Missal, Medianeira e Itaipulândia. Nos dias 8 e 9 de maio, as visitas foram realizadas em Santa Terezinha de Itaipu e Céu Azul.
Na última semana, entre 13 e 17 de maio, a equipe do projeto esteve reunida com profissionais de Educação, Saúde e Assistência Social nos municípios de Guaíra, Mercedes, Terra Roxa, Nova Santa Rosa, Ramilândia, Pato Bragado, Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes e Santa Helena. Além das visitas, a equipe foi convidada a apresentar o projeto, os objetivos e principais ações também na Câmara Municipal de São Miguel do Iguaçu, no dia 15. A expectativa é de que todos os municípios que aderiram ao projeto sejam visitados até o fim de junho.
Iniciado em 2018, o projeto Prevenção e Redução da Gravidez Não Intencional na Adolescência nos Municípios do Oeste do Paraná conta com ações em quatro frentes: saúde, educação, gestão do conhecimento e comunicação.
As ações têm foco no desenvolvimento socioeconômico, criando e ampliando oportunidades para que adolescentes e jovens ajudem na construção de serviços acolhedores de saúde e também tenham garantidas condições de ampliar suas habilidades para a vida e competências socioemocionais.
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Posted: 21 May 2019 11:17 AM PDT
Clique para exibir o slide.Do telhado do apartamento de sua família, um menino sírio de olhos castanhos observa a paisagem urbana em ruínas. Em todas as direções, há destroços e devastação provocados pela guerra no país.
Mas Abdelmalik, de 12 anos, não se concentra na destruição. Ele está olhando mais alto, em direção a uma revoada de quase 40 pombos que sobrevoam sua cabeça. Momentos antes de esticarem as asas, as aves estavam no sótão da família.
“Mantemos os pássaros aqui desde que eu era muito jovem”, diz ele. “Eu gosto de brincar com eles, especialmente os bebês.”
Abdelmalik e sua família estão vivendo em Al-Qusour, uma região em Homs que já foi um vibrante bairro residencial. Seu pai, Jihad, de 44 anos, morava no local havia décadas, desde que era menino.
Mas anos de combates violentos esvaziaram essa parte da cidade, e há poucos sinais de vida atualmente. Das mais de 100 famílias que moravam na região antes da guerra, apenas meia dúzia retornou.
De certo modo, é um microcosmo da Síria. No ano passado, cerca de 1,4 milhão de pessoas que estavam abrigadas em outras partes do país começaram a voltar para suas cidades.
O retorno forçou essas pessoas a lidar com os desafios de começar de novo. Outras 6 milhões permanecem deslocados dentro do país.
O irmão mais velho de Abdelmalik, Abdelrahman, de 15 anos, lembra a fuga de Homs, em 2012. “É como se fôssemos sem-teto”, diz ele. “Estávamos dormindo e por toda parte havia explosões sobre nossas cabeças. Fugimos apenas com nossas roupas”.
A família foi primeiramente para o norte do país, a Hama, onde o pai se esforçou para encontrar trabalho. No entanto, os aluguéis em ascensão continuaram forçando a família a se mudar de um lugar para outro.
“Perdemos três anos de escola”, diz Abdelrahman. “Toda vez que começávamos as aulas, eu tinha que sair porque precisávamos nos mudar novamente.”
Eles retornaram a Homs por volta de 2015, mas o bairro ainda era uma zona de combate. Então, tentaram a sorte em uma área rural fora da cidade. Eventualmente, quando o confltio mudou para outro lugar, Jihad conseguiu voltar para casa e avaliar os danos.
“Imagine voltar e não encontrar nada”, diz ele, enquanto bebe uma xícara de café em sua sala de estar. “Nenhuma porta, nenhuma janela, nem mesmo uma porta da frente. Dormimos em colchões de espuma. Não tínhamos absolutamente nada.”
Lentamente, eles estão juntando os pedaços da casa. Com a ajuda dos filhos, Jihad limpou os destroços e começou a trabalhar consertando as paredes e os tetos. O ACNUR enviou um parceiro local — o Projeto Aoun de Ajuda e Desenvolvimento — para instalar portas e janelas para manter a família mais segura e aquecida.
Ferreiro por vocação, Jihad está ansioso para fazer mais. “Vou consertar cada uma dessas casas”, diz ele, gesticulando com as mãos calejadas e apontando as fachadas que estão desmoronando em sua rua. “Apenas me dê as ferramentas.”
Contudo, não está claro quem moraria nessas casas. A área de Al-Qusour ainda carece de muitos itens essenciais, como água corrente, eletricidade confiável e mercearias.
Escolas e professores também estão em falta. Embora Abdelmalik e seu irmão mais novo, Majid El Dine, de 9 anos, estejam de volta à escola, Abdelrahman, que já está anos atrasado, não pôde continuar os estudos.
Após anos de bombardeios, muitos edifícios estão danificados ou estruturalmente insalubres. Jihad não pode dizer quando ou se seus vizinhos retornarão. Nem todo mundo compartilha o desejo de voltar pra casa.
No telhado, ele e Abdelmalik observam sua revoada orbitar o bairro. Então Jihad estende um braço e assobia.
São necessárias algumas tentativas, mas logo os pássaros erguem as asas, mudam de rumo e descem para o sótão do último andar. Abdelmalik atrai as aves para dentro com algumas migalhas de pão velhas e fecha o trinco.
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Posted: 21 May 2019 10:25 AM PDT
Da direita para a esquerda, Marcelo Ebrard, secretário de Relações Exteriores do México; Andrés Manuel López Obrador, presidente mexicano; Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL; e Maximiliano Reyes, subsecretário para América Latina e Caribe da Secretaria de Relações Exteriores do México. Foto: CEPAL.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) apresentou na segunda-feira (20) na Cidade do México um plano de desenvolvimento integral para El Salvador, Guatemala, Honduras e México, com o objetivo de abordar as causas da migração de cidadãos desses quatro países. A cerimônia foi liderada pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e pela secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena.
A proposta deriva do mandato que a CEPAL recebeu em dezembro pelos presidentes desses países para elaborar um Plano de Desenvolvimento Integral com o propósito de formular um diagnóstico e fazer recomendações para avançar rumo a um novo estilo de desenvolvimento e gerar um novo olhar sobre a complexidade dos processos migratórios.
A apresentação foi feita em cerimônia realizada no Palácio Nacional, da qual também participaram o secretário de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard; o subsecretário para a América Latina e o Caribe, Maximiliano Reyes; o embaixador de El Salvador no México, Juan Ramón Carlos Cáceres; da Guatemala, Nelson Olivero; e de Honduras, Alden Rivera. Participaram também os representantes do México em El Salvador, Ricardo Cantú; da Guatemala, Romeo Ruiz, e de Honduras, David Jiménez.
Durante a cerimônia, o presidente mexicano afirmou que o plano será “muito importante para o México e para os países irmãos da América Central para que se aprofundem” no tema da migração.
“Como foi dito de forma muito clara, com fundamentos, com dados, as pessoas migram por necessidade, por falta de oportunidades de trabalho ou por violência e é necessário abordar essas causas, é necessário ir na origem do que está provocando esse fenômeno migratório”, assinalou.
O presidente mexicano acrescentou que não há somente cooperação para o desenvolvimento, e destacou que, com a implementação da iniciativa, “vamos atender as causas do fenômeno migratório e moderar os fluxos migratórios com tudo o que isso implica, para que as pessoas não sofram, para que sejam respeitados os direitos humanos”.
Alicia Bárcena destacou que o plano é uma oportunidade para estreitar os laços históricos entre os países participantes, além de localizar a análise e as políticas migratórias no amplo contexto do desenvolvimento. O objetivo é que, mediante sociedades mais justas, igualitárias e sustentáveis, a migração seja uma opção e não a única saída disponível.
A alta funcionária das Nações Unidas afirmou que o objetivo do plano é gerar um processo integral e articulado de desenvolvimento com igualdade e sustentabilidade no centro. A meta é melhorar a qualidade de vida da população e adotar uma abordagem de integração territorial, adotando o conceito de segurança humana e colocando o direito ao desenvolvimento no lugar de origem no centro dos esforços.
O documento estratégico propõe aos países uma mudança de visão ao abordar a mobilidade como um assunto de segurança humana que abrange os direitos humanos, a segurança pública e a defesa e condições de vida para as pessoas. Tal visão substitui a abordagem somente pelo ponto de vista da segurança do Estado ou da segurança nacional.
“Essa iniciativa é, até hoje, o esforço mais abrangente em escala mundial para dar cumprimento ao Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular, e constitui uma extraordinária oportunidade para construir a partir da região um novo estilo de desenvolvimento com a igualdade e a sustentabilidade”, afirmou a secretária-executiva da CEPAL.
O Plano de Desenvolvimento Integral faz 30 recomendações derivadas de quatro eixos programáticos acordados pelos quatro países: desenvolvimento econômico, bem-estar social, sustentabilidade ambiental e gestão de riscos, além de gestão integral do ciclo migratório com segurança humana.
As recomendações visam alcançar um maior e sustentado crescimento econômico; reforçar a demanda de integração dos quatro países no comércio, energia e logística; gerenciar conjuntamente os riscos e respostas aos desastres e à mudança climática; avançar na construção de sistemas universais de proteção social; e abordar as causas estruturais e os efeitos da mobilidade humana. O propósito é impulsionar um novo estilo de desenvolvimento que acelere os resultados estabelecidos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
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Posted: 21 May 2019 09:57 AM PDT
Clique para exibir o slide.A Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos, uma iniciativa do setor privado e de organizações filantrópicas, realizou na sexta-feira (17) em São Paulo (SP) uma reunião para discutir experiências e resultados alcançados com a mobilização e o engajamento de parceiros em suas iniciativas.
A aliança é apoiada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pelas embaixadas dos Países Baixos e do Canadá no Brasil. Durante o evento, a empresa Pantys, que produz calcinhas absorventes, falou de uma campanha lançada em março deste ano.
Além de mobilizar e engajar clientes sobre a importância de conhecer e cuidar do corpo, a campanha também provocou o interesse de vendedoras e até mesmo de modelos das peças publicitárias.
“Optamos por trabalhar com modelos diversas e tivemos a grata surpresa de receber um retorno positivo da equipe de produção, que confessou que despertou para a discussão do assunto”, afirmou a responsável pela campanha de publicidade da empresa, Marina Zaguini.
Emily Ewell, presidente-executiva da Pantys, destacou que a experiência envolveu toda a empresa e que a ação permitiu ampliar o escopo de discussão da marca, engajar colaboradoras, clientes e dar a devida visibilidade ao tema central, a partir da discussão sobre o exercício saudável da sexualidade.
A campanha desenvolvida pela Pantys foi lançada digitalmente em março a partir da publicação de uma série de conteúdos sobre intimidade, informação, fortalecimento e quebra de tabus em seu site e perfil na rede social Instagram.
Esse foi o ponto de partida para que as demais empresas também manifestassem interesse em promover ações de mobilização e engajamento, de forma a ampliar a discussão sobre saúde e direitos sexuais e reprodutivos.
Jaime Nadal, representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) no Brasil, elogiou a iniciativa da Pantys e das demais instituições, que têm tido papel importante na divulgação da iniciativa em prol da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos.
“Todas as instituições signatárias e mantenedoras têm contribuído desde o lançamento da Aliança há um ano, inclusive colocando seus representantes à disposição da causa. Isso gerou uma onda que ampliou o interesse de outras organizações que compartilham o desejo de melhorar as condições de vida das mulheres no Brasil, especialmente com relação à vida reprodutiva”, afirmou.
Participaram do encontro representantes de Magazine Luiza, The Body Shop, Pantys, Instituto Ethos, MSD e Accor Hotels.
Situação da população mundial
A possibilidade de fazer escolhas no que se refere aos direitos reprodutivos tornou-se uma realidade para mais mulheres nos países em desenvolvimento. Entretanto, o trabalho ainda não acabou.
Anna Cunha, oficial de programa em saúde sexual e reprodutiva do UNFPA, apresentou o relatório mais recente publicado pela Organização sobre a situação da população mundial para as instituições mantenedoras e signatárias da Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil.
A partir de dois marcos históricos, os 50 anos do UNFPA e os 25 anos da Conferência Internacional de População e Desenvolvimento (CIPD), Anna lembrou os principais avanços e desafios da agenda de saúde e direitos sexuais e reprodutivos no mundo. Ela citou preocupações demográficas vigentes no passado em torno de explosão populacional até o olhar inovador de direitos sobre questões de reprodução e saúde integral lançado na conferência.
A Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil é uma rede de empresas e organizações filantrópicas que busca fortalecer a agenda de saúde e de direitos sexuais e reprodutivos no setor privado, além de criar oportunidades para qualificar o debate público e demonstrar o potencial de políticas públicas direcionadas a este tema.
A iniciativa é secretariada pelo UNFPA no Brasil e conta com o apoio estratégico da embaixada dos Países Baixos e do Canadá. Fazem parte da Aliança o Instituto Ethos, MSD e Semina – como entidades mantenedoras – e também as empresas Accor Hotels, Magazine Luiza, Movimento Mulher 360, Pantys, Reckitt Benckiser, Laboratório Sabin, SESC São Paulo e The Body Shop – como signatárias. Saiba mais sobre a Aliança em www.aliancapelaescolha.org.
O que foi a CIPD?
A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) foi realizada no Cairo, em 1994, e representou um marco histórico e uma mudança de paradigma na abordagem global sobre os temas de população e desenvolvimento.
Se antes os objetivos eram exclusivamente demográficos, após a CIPD o foco se tornou a promoção dos direitos humanos, com ênfase no exercício dos direitos reprodutivos e na autonomia das escolhas individuais. O ano de 2019 marca o 25º aniversário da Conferência, cujo documento foi pactuado por 179 países.
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Posted: 21 May 2019 08:54 AM PDT
Sítio Arqueológico do Cais do Valongo não é apenas o principal cais de desembarque de africanos escravizados em todas as Américas, como é o único que se preservou materialmente. Foto: UNIC Rio/Natalia da Luz
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lança nesta terça-feira (21), Dia Mundial da Diversidade Cultural, a publicação “Heranças da Escravatura: Manual para Gestores de Sítios e Itinerários de Memória”.
No Brasil, a UNESCO e o Museu da República se uniram para debater o direito à memória e celebrar a data, em evento a ser realizado no Auditório do Museu da República (Rua do Catete, nº 153 – Rio de Janeiro), das 18h às 20h.
A publicação faz parte do Programa Rotas do Escravo da UNESCO que, desde 1994, promove por meio da salvaguarda e da pesquisa do legado histórico da diáspora africana um diálogo intercultural para promover a justiça e a coesão social.
As rotas das diásporas, os sítios e os itinerários de memória são temas da nova publicação da UNESCO, uma vez que a memória da escravidão não está gravada apenas nas consciências, mas também em monumentos, sítios históricos e arqueológicos, castelos e fortalezas.
Incluir essa história em topografias e geografias emerge como uma das principais formas de combater a omissão, a negação e a distorção dos fatos diante dessa tragédia social.
Além da apresentação da publicação, que será feita pelo vice-presidente do Comitê Científico Internacional do Projeto Rota do Escravo, Milton Guran, o evento terá mesa-redonda com participação do diretor do Museu da República, Mário de Sousa Chagas, da doutora em História e pesquisadora do Museu Histórico Nacional, Aline Montenegro, do presidente do Conselho Estadual dos Direitos dos Negros- RJ, Luiz Eduardo Negrogun, e da museóloga, doutoranda em Memória Social, com pesquisas sobre o patrimônio cultural imaterial afro-brasileiro e sobre as memórias negras em museus, Clarice Rosa.
Sobre a publicação
“Heranças da Escravatura: Manual para Gestores de Sítios e Itinerários de Memória” é voltado para os gestores de locais relacionados ao tráfico de escravos e à escravatura. O manual fornece uma análise comparativa de experiências de preservação e de promoção desses locais no mundo todo, e propõe orientação prática para sua gestão e desenvolvimento.
Primeiro manual sobre essa questão específica a ser publicado por uma agência da ONU, a publicação é dividia em duas partes: a primeira oferece informações práticas e conceituais para os gestores e mostra exemplos concretos de sítios e museus que estão implementando estratégias de preservação, promoção e interpretação do patrimônio relacionado ao tráfico de escravos e a escravatura.
A segunda parte oferece conselhos e recomendações para o desenvolvimento do Turismo de Memória, respondendo a uma demanda crescente de cidadãos que conheçam melhor essa história. Com o livro, a UNESCO também pretende conscientizar o público sobre questões éticas impostas por esse tipo de sítios históricos. Com acesso gratuito, a publicação está disponível em inglês e francês e está sendo traduzida também para o espanhol.
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Posted: 21 May 2019 08:43 AM PDT
Experiências bem-sucedidas de comunidades rurais no interior da Paraíba servirão de exemplo para moradores de outros estados do Nordeste no “Intercâmbio com foco no Turismo Rural no Semiárido — Conhecer, Valorizar e Manter o Semiárido Brasileiro”. A iniciativa passará pelos municípios de Areia, Boqueirão e Cabaceiras entre 27 de maio e 1º de junho, com encerramento na Festa do Bode Rei.
O evento terá a participação de cerca de 30 pessoas de cinco estados do Nordeste beneficiárias de projetos apoiados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas no Brasil.
O intercâmbio é uma realização do FIDA e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), por meio do programa Semear Internacional, em parceria com o governo do estado da Paraíba, por meio do projeto PROCASE, e a Corporação PROCASUR.
A comitiva visitará as cidades selecionadas para conhecer iniciativas com forte potencial turístico em suas regiões, e que recebem o apoio do PROCASE. A intenção é mostrar aos visitantes como cada lugar se desenvolveu dentro do turismo rural.
“Acreditamos que as belezas naturais e humanizadas que existem no Semiárido podem ser facilmente usadas a favor da potencialização do turismo rural e ecológico, alavancando assim a economia e a cultura local”, disse a gerente de gestão do conhecimento do programa Semear Internacional, Aline Martins.
O Semear Internacional é um programa fruto de uma doação do FIDA para o Brasil que trabalha com gestão do conhecimento, monitoramento, avaliação e comunicação junto aos projetos apoiados pelo FIDA na região semiárida do Nordeste do país. A iniciativa atua por meio de capacitações, intercâmbios e difusão das boas práticas presentes nestes projetos em todo o Brasil e em países da América Latina e África.
“Nestas comunidades, produtoras e produtores rurais vêm se tornando empreendedores, e junto com os governos municipal e estadual e com apoio do PROCASE e do FIDA, estão fazendo um ótimo trabalho nesse sentido”, completou Aline.
Ao todo, serão seis visitas, nas quais a comitiva irá conhecer, no município de Areia, o Projeto Flores Vila Real, que se destaca pelo protagonismo feminino e práticas de sucesso em seus sistemas produtivos; e o Restaurante Vó Maria que oferece refeições com produtos locais provenientes da agricultura familiar.
Na cidade de Boqueirão, as Crocheteiras do Marinho e Lajedo Marinho receberão os intercambistas para falar sobre como inseriram a produção e a venda das peças na cadeia turística local. Já na sede do Coletivo Asa Cariri Oriental (Casaco), que lida com práticas agroecológicas envolvendo mais de 30 propriedades da agricultura familiar, serão apresentadas as maneiras com as quais os produtores desenvolveram a produção e a venda dos produtos.
Seguindo para o município de Cabaceiras, a comitiva visitará a sede da Cooperativa dos Curtidores e Artesãs de Couro de Ribeira de Cabaceira (ARTEZA), que usa tecnologias sociais sustentáveis na manipulação de peles de ovinos e caprinos.
O intercâmbio será encerrado no primeiro dia da Festa do Bode Rei, em 31 de maio, no tradicional evento da região e local de encontro de produtores e comunidades locais. Os participantes terão a oportunidade de fazer um tour pelos bastidores do evento e conhecer montagem, estrutura e logística.
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Posted: 21 May 2019 08:26 AM PDT
Venezuela conversa com oficial de proteção do ACNUR após cruzar a fronteira para Cúcuta, na Colômbia. Foto: ACNUR/Vincent Tremeau
Dado o agravamento da situação política, econômica, humanitária e de direitos humanos na Venezuela, que já deslocou globalmente mais de 3,6 milhões de pessoas, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) considera que a maioria dos que fogem do país precisa de proteção internacional para refugiados.
Em uma nota de orientação emitida nesta terça-feira (21), o ACNUR reitera seu apelo aos Estados para que permitam o acesso dos venezuelanos a seu território e forneçam proteção e tratamento adequado, destacando a necessidade crítica de segurança das pessoas forçadas a fugir por suas vidas e por liberdade.
A nota de orientação tem como objetivo auxiliar os que julgam pedidos de proteção internacional de solicitantes de refúgio da Venezuela e os responsáveis pela definição de políticas governamentais sobre o assunto.
Até o fim de 2018, cerca de 460 mil venezuelanos pediram formalmente refúgio, a maioria nos países vizinhos da América Latina. A nota de orientação reconhece que o número de pessoas que deixam a Venezuela apresenta desafios complexos e que pode ser impraticável realizar determinações individuais do status de refugiado, razão pela qual o reconhecimento coletivo é recomendado.
A nota de orientação do ACNUR informa que, para certos perfis de venezuelanos em risco, a Convenção de 1951 sobre os Refugiados é aplicável. Em qualquer caso, a maioria dos venezuelanos precisa da proteção internacional de refugiados, com base nos critérios mais amplos da Declaração de Cartagena de 1984 aplicada na América Latina. Isso ocorre por conta das ameaças às suas vidas, segurança ou liberdade resultantes de circunstâncias que estão perturbando seriamente a ordem pública na Venezuela.
Juntamente com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o ACNUR tem repetidamente saudado a solidariedade dos governos da América Latina e do Caribe em hospedar os venezuelanos sob uma série de acordos de permanência legal. Para melhorar a tão necessária proteção, o ACNUR continua a incentivar os Estados a harmonizar essas respostas.
A agência da ONU também pede aos Estados que garantam que os venezuelanos, independentemente de seu status legal, não sejam deportados ou devolvidos à Venezuela.
O ACNUR, juntamente à OIM, diz estar trabalhando com governos, agências das Nações Unidas e parceiros para conciliar a proteção e as necessidades básicas dos refugiados e migrantes venezuelanos.
As duas organizações nomearam um representante especial conjunto, Eduardo Stein, e lideram conjuntamente a Plataforma Interinstitucional Regional, que garante uma resposta operacional coerente e consistente.
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Posted: 20 May 2019 02:55 PM PDT
Clique para exibir o slide.As possibilidades que os profissionais brasileiros têm de entrar e seguir carreira na ONU e a relação entre desenvolvimento e direitos humanos foram os temas de duas palestras realizadas pelo diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), Maurizio Giuliano, no fim de abril (25) na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Manaus (AM).
A jornada dedicada à ONU, organizada pela UFAM junto ao UNIC Rio, reuniu estudantes de diferentes cursos da UFAM, entre eles, Direito, História e Economia.
“Temos que abolir o mito de que a ONU é só para pessoas que estudaram Relações Internacionais”, disse o diretor na primeira palestra, parte da iniciativa “Brasileiros na ONU”, cujo objetivo é incentivar jovens do país a se candidatar para posições na Organização.
Giuliano declarou que economistas, juristas, psicólogos e especialistas em informática, entre outros, podem encontrar oportunidades de trabalho nas Nações Unidas. Ele disse ser importante aprender outra língua além do português e ter experiências relevantes de trabalho anteriormente.
“Aqui em Manaus, há refugiados e migrantes para ajudar, além de muitas ONGs ambientais”, disse, como exemplos de experiências relevantes de trabalho.
Uma das estudantes disse já ter atuado como voluntária para a organização Cáritas na cidade, apoiando a acolhida de refugiados. Outro universitário declarou ter se engajado em ações de defesa dos direitos humanos.
“Estas são justamente experiências de trabalho – voluntariado ou estágio – que enriquecem o perfil do profissional”, disse Giuliano.
Ele lembrou, contudo, que experiência em trabalhos no exterior também são um diferencial. “Para quem tiver a oportunidade, fazer um estágio, voluntariado ou trabalhar fora do país pode tornar seu currículo ainda mais atrativo”.
Na segunda palestra, Giuliano explicou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030. “A Agenda 2030 não pertence à ONU, e tampouco pertence aos governos”, declarou.
“Todos nós devemos nos beneficiar do sucesso da Agenda 2030 e, por isso, temos que trabalhar para ela”, disse, sobre a agenda aprovada pela comunidade internacional para, entre outros pontos, erradicar a pobreza e combater as mudanças climáticas.
Nesse contexto, Giuliano lembrou que o UNIC Rio realizou no ano passado a campanha digital “Guia do Preguiçoso para Salvar o Mundo”, com dicas em português sobre atitudes que podem ser tomadas para alcançar os ODS.
“Não existem direitos humanos sem desenvolvimento, e o desenvolvimento é necessário para a implementação universal dos direitos humanos”, declarou.
“O desenvolvimento permite erradicar guerras e conflitos, erradicar a pobreza, minimizar as consequências dos fenômenos naturais, para que todos possam exercer os seus direitos”, concluiu.
Saiba mais sobre a iniciativa Brasileiros na ONU clicando aqui.
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