São Januário (San Gennaro)
Dia 19 de setembro
História: San Gennaro (São Januário) era bispo de Benevento, cidade da região de Campânia, quando se iniciou a última perseguição que sofreu a Igreja antes da paz de Constantino: a do imperador romano, Diocleciano.
Quando se dirigia à prisão para visitar os cristãos detidos, foi reconhecido e preso pelos soldados do governador de Campânia.
São Januário, bispo de Benevento como relata os historiadores fora condenado às feras no anfiteatro de Pozzuoli juntamente com os companheiros de fé.
Por causa do atraso de um juiz, não foi lançado às feras e sim decapitado. Os cristãos recolheram um pouco de seu sangue em uma ampola para ser colocada diante de seu túmulo, como era costume fazer com os cristãos martirizados da época.
Um século mais tarde, no ano 432, pela ocasião do translado das relíquias do santo, de Pozzuoli para Nápoles, uma senhora entregou ao bispo João não uma, mas duas ampolas contendo o sangue coagulado de San Gennaro.
Como garantia da afirmação da mulher o sangue se liquefez diante dos olhos do bispo e de grande multidão de fiéis, readquirindo a aparência de um sangue novo. Portanto, a devoção a São Januário é conhecida no mundo inteiro pela liquefação de seu sangue, três vezes por ano: no sábado que precede o 1º domingo de maio, no dia 19 de setembro que é a festa do santo e em 16 de dezembro, aniversário da erupção do Vesúvio em 1631.
O prodígio é atestado desde 1389 e consiste em que o sangue de São Januário passa do estado sólido para o líquido, perdendo no peso e aumentando no volume. Desde 1608 encontram-se na Capela do Tesouro, em cumprimento da promessa feita pelos napolitanos em 1527, por ocasião de uma peste, que assolou a região mas Nápoles foi preservada por intercessão doe são Januário.
Também em duas outras ocasiões San Gennaro protegeu a cidade na erupção do Vesúvio em 1631 e da cólera da região em 1884. Existem cerca de 5 mil processos, que confirmam o fenômeno, inclusive a declaração de Montesquieu, que assistiu duas destas liquefações em 1728.
Em 1902, o conteúdo das ampolas foi submetido a exame electroscópio diante de testemunhas e do cientista Sperindeo o qual declarou que não havia dúvida de que se tratava de sangue humano, que uma vez coalhado, nunca poderia perde o estado sólido.
São 600 anos de fé que acompanham o mistério dos milagres do sangue do padroeiro de Nápoles. Seus restos mortais estiveram primeiramente nas Catacumbas de São Januário, onde há documentos arqueológicos de devoção antiqüíssima e singular, entre eles, a pintura de São Januário que data do século quinto.
No século nono, as relíquias foram levadas para Benevento, cidade onde tinha sido bispo, e só em 1497 as relíquias foram para a Catedral de Nápoles on de se encontra até hoje.
Oração de São Januário: Deus, nosso Pai, São Januário derramou o seu sangue pelo nome de Jesus. Animados pelo seu testemunho, vivamos hoje atentos aos sinais de vossas maravilhas no mundo e em nossos corações. Cheios de alegria, rendamos graças a vós, Deus santo, vivo e verdadeiro. É por vosso amor que existimos, nos movemos e somos. Sois na verdade um Pai zeloso, e o vosso desejo é que sejamos felizes, vivamos em paz e concórdia, repudiemos o ódio, a vingança, a guerra.
Devoção: À caridade
Padroeiro: De Nápoles
Outros santos do dia: Nilo, Peleu, Elias e Teodoro (bispo); Festo, Sósio, Próculo (diárs); Desidério, Félix e Constácia, Eustóquio, Acúcio, Trófimo, Sabásio, Dorimedonte, Susana, Pomposa (márts); Mª de Cervellón, Emília, Mª Guilermina de Rodat.
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