Nigéria– Em menos de um mês pelo menos 120cristãosforammortosem ataques de militantes muçulmanos Fulani no estado de Kaduna, na Nigéria.
Na última segunda-feira, um ataque resultou na morte de mais de 50 cristãos e na destruição de mais de 140 casas.
O governador do estado de Kaduna, Nasir El-Rufai, impôs nesta semana um toque de recolher na área do governo local de Kajuru, já que milhares de pessoas foram expulsas de suas casas pela violência causada por militantesfulanis.
O toque de recolher vem após uma série de ataques recentemente contra as comunidades predominantes cristãs de Adara no Sul Kaduna, segundo o The Christian Post.
Só na segunda-feira, foram 52 mortes, outras dezenas ficaram feridas e cerca de 143 casas foram destruídas em ataques nas vilas de Inkirimi, Dogonnoma e Ungwan Gora, no distrito de Maro, na área do governo local de Kajuru, segundo Christian Solidarity Worldwide.
O ataque de segunda-feira ocorreu após uma vila ser atacada em Ungwan Barde, Kajuru, no qual 17 pessoas foram mortas e dezenas de casas foram incendiadas.
No final de fevereiro, houve outro ataque em Maro que resultou na morte de cerca de 38 cristãos e viu casas e uma igreja incendiadas. Em 10 de fevereiro, 10 pessoas foram mortas em um ataque em Ungwan Barde, enquanto outras seis foram mortas em ataques isolados no dia anterior.
A CSW, uma ONG reconhecida pelas Nações Unidas que defende cristãos perseguidos em todo o mundo, relata que as vítimas dos ataques de segunda-feira incluíram mulheres e crianças.
Sobreviventes disseram à CSW organização sem fins lucrativos que os atacantes estavam separados em três grupos. Um grupo atirou e matou pessoas, o segundo incendiou prédios e um terceiro correu atrás de pessoas que fugiam da local.
Segundo a CSW, uma vítima do ataque que sofreu um corte profundo entregou um bebê natimorto pouco depois.
“Estamos profundamente perturbados com o ressurgimento de ataques de milícias no sul de Kaduna e estendemos nossas mais profundas condolências ao povo Adara”, disse o presidente-executivo da CSW, Mervyn Thomas, em um comunicado.
“A morte e a destruição implacáveis são uma triste acusação do fracasso contínuo de ambos os níveis de governo em cumprir o mandato principal de proteger imparcialmente todos os seus cidadãos”, argumentou Thomas.
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