Idai… em Moçambique este nome será recordado pelos piores motivos… passou furioso, derrubou, inundou e matou… Por lá não será esquecido e, por cá, pede-se que também não. Agora é a hora do auxílio, do envolvimento solidário de todos. A Cáritas Portuguesa já avançou e, no seu agir, quer que avancemos também através de uma atitude solidária. Só assim se poderá ultrapassar a
tragédia e restabelecer as vidas dos que ficaram sem nada.
A dor e o luto não podem impedir a espiritualidade, elas são aliás ocasiões em que o transcendente se percebe como mais nitidez. É nessa linha que a Capela do Rato em Lisboa, promove o terceiro
colóquio do ciclo de reflexão sobre «Situações-Limite e Espiritualidade – A dimensão da Espiritualidade em diferentes situações de vida». Desta vez, a partir das 21h00, o padre Carlos Azevedo; a psicóloga Joana Tinoco de Faria; a psiquiatra Margarida Neto e a técnica social Maria de Fátima Belo, refletem sobre «A Espiritualidade na Pessoa em Luto».
Mas o transcendente também se revela na arte, e por isso, o Seminário Episcopal da Diocese de Angra vai promover, de 20 a 22 de março, as
Jornadas de Teologia dos Açores, que este ano se centram no tema: ‘Arte, Expressão que transcende’, colocando em diálogo cultura, religião e fé. O salão do Seminário Episcopal vai receber os três dias de encontro, que tem entrada livre, e começam sempre às 20h00, entre 20 e 22 de março. Mais logo as jornadas começam com a apresentação do Volume II da Revista Fórum Teológico XXI, seguindo-se uma intervenção do bispo de Angra, D. João Lavrador, que é também presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
Na RTP2 o programa Ecclesia chega pelas 15h00, desta vez em destaque o livro “Tráfico de seres humanos – Testemunhos e documentos”. Em estúdio estarão António Soares, do Fórum Abel Varzim, e Licínio Lima, um dos autores desta obra.
Mais tarde, na Antena1, é a Semana Cáritas que mobiliza a reflexão, concretizada em casos como o de Romilson Silva. Um estudante caboverdiano que constroi a sua vida em Beja.
Tenha um grande dia
Henrique Matos
Pensemos nas nossas lágrimas. Nas primeiras que derramámos na infância e nas últimas, nas mais recentes. A nossa biografia também se conta pelas lágrimas: de alegria, de festa, de comoção luminosa; e de noite escura, de dilaceração, de abandono, de arrependimento e contrição. Pensemos nas nossas lágrimas derramadas e naquelas que não passaram de um nó na garganta e cuja falta ficou depois a pesar ou ainda nos pesa. A dor dessas lágrimas não choradas.
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