Quinta-feira, 11 de Janeiro de 2018.
Santo do dia: São Teodósio, monge
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Marcos 1, 40-45
Primeira leitura: Samuel 4, 1-11
Leitura do Primeiro Livro de Samuel:
1Naqueles dias, os filisteus reuniram-se para fazer guerra a Israel. Israel saiu ao encontro dos filisteus, acampando perto de Eben-Ezer, enquanto os filisteus, de sua parte, avançaram até Afec 2e puseram-se em linha de combate diante de Israel. Travada a batalha, Israel foi derrotado pelos filisteus. E morreram naquele combate, em campo aberto, cerca de quatro mil homens. 3O povo voltou ao acampamento e os anciãos de Israel disseram: “Por que fez o Senhor que hoje fôssemos vencidos pelos filisteus? Vamos a Silo buscar a arca da aliança do Senhor para que ela esteja no meio de nós e nos salve das mãos dos nossos inimigos”. 4Então o povo mandou trazer de Silo a arca da aliança do Senhor todo-poderoso, que se senta sobre querubins. Os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, acompanhavam a arca. 5Quando a arca da aliança do Senhor chegou ao acampamento, todo Israel rompeu num grande clamor, que ressoou por toda a terra. 6Os filisteus, ouvindo isso, diziam: “Que gritaria é essa tão grande no campo dos hebreus?” E souberam que a arca do Senhor tinha chegado ao acampamento. 7Os filisteus tiveram medo e disseram: “Deus chegou ao acampamento!” E lamentavam-se: 8“Ai de nós! Porque os hebreus não estavam com essa alegria nem ontem nem anteontem. Ai de nós! Quem nos salvará da mão desses deuses tão poderosos? Foram eles que afligiram o Egito com toda espécie de pragas no deserto. 9Mas coragem, filisteus, portai-vos como homens, para que não vos torneis escravos dos hebreus como eles o foram de vós! Sede homens e combatei! 10Então os filisteus lançaram-se à luta, Israel foi derrotado e cada um fugiu para a sua tenda. O massacre foi grande: do lado de Israel tombaram trinta mil homens. 11A arca de Deus foi capturada e morreram os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 43 (44)
- Porém agora nos deixastes e humilhastes, já não saís com nossas tropas para a guerra! Vós nos fizestes recuar ante o inimigo, os adversários nos pilharam à vontade.
R: Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão!
- De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, zombaria e gozação dos que nos cercam; para os pagãos somos motivo de anedotas, zombam de nós a sacudir sua cabeça.
R: Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão!
- Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis? Despertai! Não nos deixeis eternamente! Por que nos escondeis a vossa face e esqueceis nossa opressão, nossa miséria?
R: Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 1, 40-45
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Jesus pregava a boa-nova, o reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo (Mt 4,23);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, 40 um leproso chegou perto de Jesus e, de jolehos, pediu: "Se querer, tens o poder de curar-me". 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse: "Eu quero: fica curado!" 42No mesmo instante, a lepra desapareceu e ele ficou curado. 43Então Jesus o mandou logo embora, 44 falando com firmeza: "Não contes nada disso a ningué,! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!" 45 Ele foi e começou a contar e divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São João da Cruz (1542-1591), Carmelita descalço, Doutor da Igreja
A Viva Chama de Amor, estrofe 2
«Jesus estendeu a mão e tocou-lhe»
Ó Vida Divina, Tu não tocas para matar, mas para dar a vida; Tu não feres, senão para curar. Quando castigas, tocas ligeiramente e isso basta para consumir o mundo. Quando afagas, pousas deliberadamente a tua mão forte, a doçura da tua carícia não tem medida. Ó Mão Divina, feriste-me para me curar; fazes morrer em mim o que me priva da vida de Deus, em quem agora me vejo vivo. E fazes isso pela tua graça generosa, através do toque daquele que é «o esplendor da tua glória, a figura da tua substância» (Heb 1,3), o teu Filho único, a tua Sabedoria que «se estende com vigor de uma extremidade do mundo até à outra» (Sab 8,1). Ele, o teu Filho único, mão misericordiosa do Pai, é o toque delicado com que me tocaste, feriste e queimaste interiormente.
Ó toque delicado, Verbo Filho de Deus, Tu penetras subtilmente na nossa alma pela delicadeza do teu ser divino; toca-la tão delicadamente que a absorves totalmente em Ti, de uma forma tão divina e tão suave «que nunca de tal se ouviu falar em Canaã, nunca tal se viu no país de Teman» (Bar 3,22). Ó toque delicado do Verbo, tão mais delicado para comigo quanto, derrubando as montanhas e quebrando os rochedos do monte Horeb pela sombra do poder que Te precedia, Te fizeste sentir pelo profeta Elias de forma tão suave e forte «no delicado murmúrio do ar» (1Rs 19,11). Como és Tu brisa ligeira e subtil? Diz-me como tocas de forma tão leve e delicada, ó Verbo, Filho de Deus, Tu que és tão poderoso e terrivel. Feliz, mil vezes feliz, a alma que tocas de forma tão delicada! [...] «Tu a guardas no segredo da tua face, isto é, do teu Verbo, do teu Filho, ao abrigo das intrigas dos homens» (Sl 30,21).
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