quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

São Pedro Urseolo, monge


Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2018.
Santo do dia: São Pedro Urseolo, monge
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Marcos 1, 29-39
Primeira leitura: Samuel 3, 1-10.19-20
Leitura do Primeiro Livro de Samuel:
Naqueles dias, 1O jovem Samuel servia ao Senhor na presença de Eli. Naquele tempo, a palavra do Senhor era rara e as visões não eram frequentes. 2Acontece que, um dia, Eli estava dormindo no seu quarto. Seus olhos começavam a enfraquecer, e já não conseguia enxergar. 3A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel estava dormindo no templo do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus. 4Então o Senhor chamou: “Samuel, Samuel!” Ele respondeu: “Eis-me aqui”. 5E correu para junto de Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Eli respondeu: “Eu não te chamei. Volta a dormir!” E ele foi deitar-se. 6O Senhor chamou de novo: “Samuel, Samuel!” E Samuel levantou-se, foi ter com Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Ele respondeu: “Não te chamei, meu filho. Volta a dormir 7Samuel ainda não conhecia o Senhor, pois, até então, a palavra do Senhor não se lhe tinha manifestado. 8O Senhor chamou pela terceira vez: “Samuel, Samuel!” Ele levantou-se, foi para junto de Eli e disse: “Tu me chamaste, aqui estou”. Eli compreendeu que era o Senhor que estava chamando o menino. 9Então disse a Samuel: “Volta a deitar-te e, se alguém te chamar, responderás: ‘Senhor, fala, que teu servo escuta!” E Samuel voltou ao seu lugar para dormir. 10O Senhor veio, pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: “Samuel, Samuel!” E ele respondeu: “Fala, que teu servo escuta”. 19Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. E não deixava cair por terra nenhuma de suas palavras. 20Todo Israel, desde Dã até Bersabeia, reconheceu que Samuel era um profeta do Senhor.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 39 (40)
- Esperando, esperei no Senhor, e inclinando-se, ouviu meu clamor. É feliz quem a Deus se confia; quem não segue os que adoram os ídolos e se perdem por falsos caminhos.
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor!
- Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados. E então eu vos disse: “Eis que venho!”
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor!
- Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”.
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor!
- Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 1, 29-39
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. 32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Santo Agostinho, Bispo de Hipona (norte de África), Doutor da Igreja 
Discurso sobre o Salmo 85
 «Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar.»
Deus não podia ter dado aos homens dom maior do que o seu Verbo, a sua Palavra, por meio do qual criou todas as coisas. Fez dele chefe dos homens, quer dizer, sua cabeça, e dos homens seus membros (Ef 5,23.30), para que Ele fosse, ao mesmo tempo, Filho de Deus e Filho do homem: um só Deus com o Pai, um só homem com os homens. Presenteou-nos com esse dom a fim de que, ao falarmos com Deus na oração, não separássemos dele o Filho, e para que, ao rezar, o corpo do Filho se não separasse do seu chefe – para que Ele fosse o único Salvador do seu corpo, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, que simultaneamente reza por nós, reza em nós e é rezado por nós.

Reza por nós como nosso sacerdote, reza em nós como nosso chefe, como cabeça do corpo, é rezado por nós como nosso Deus. Reconheçamos, pois, as nossas palavras nele e as suas palavras em nós. […] Ele não hesitou em Se unir a nós. Toda a criação Lhe está sujeita, porque toda a criação foi feita por Ele: «No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. […] Tudo começou a existir por meio dele, e sem Ele nada foi criado» (Jo 1,1s). […] Mas se, a seguir, ouvimos nas Escrituras a voz do mesmo Cristo gemendo, rezando, confessando, não hesitemos em Lhe atribuir estas palavras. Contemplemos Aquele que «era de condição divina» tomar «a condição de servo, tornando-Se semelhante aos homens», humilhando-Se «a Si mesmo, feito obediente até à morte» (Fil 2,6s). Oiçamo-Lo, suspenso da cruz, tornar sua a oração de um salmo. […] Nós rezamos a Cristo, pois, na sua condição de Deus, e Ele reza na sua condição de servo; de um lado, está o Criador, do outro, um homem unido à criação, formando um só homem connosco – a cabeça e o corpo. Rezamos-Lhe, pois, e rezamos por Ele e nele.

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