segunda-feira, 26 de março de 2018

Israel inicia trabalho de remoção de minas e explosivos do local onde Jesus foi batizado


Israel inicia trabalho de remoção de minas e explosivos do local onde Jesus foi batizado


O Ministério da Defesa de Israel informou que uma operação de remoção de minas terrestres e restos de material de guerra começou a ser feita na região próxima ao local de batismo no Rio Jordão, onde Jesus foi batizado por João.
A agência responsável pelo trabalho é a Autoridade Nacional de Ação de Minas de Israel (INMAA). O projeto foi desenvolvido e está sendo colocado em prática em parceria com a organização não-governamental HALO Trust.
De acordo com informações do jornal Times of Israel, a expectativa é que mais de três mil artefatos (ou partes) sejam removidos do território que atualmente é parte da Cisjordânia. Pesquisas prévias estimam que existam cerca de 2.600 minas terrestres antitanques e 1.200 minas antipessoais enterradas, assim como armadilhas e dispositivos explosivos improvisados.
A área dos trabalhos de remoção das minas corresponde a cerca de 1 KM², exigindo dois anos para ser completado e US$ 1,5 milhão.
A região é chamada, pelos árabes, de Qasr el Yahud. Até 1968 o local foi um importante ponto de peregrinação, mas devido ao acirramento dos ânimos durante a Guerra dos Seis Dias, no ano anterior, Israel decidiu bloquear o acesso por temer que os inimigos usassem as igrejas da área para perpetrar atos terroristas e, posteriormente, atacar assentamentos israelenses.
No mesmo contexto, Israel decidiu implantar minas na região ao longo do rio Jordão para impedir que tanques e infantaria da Jordânia, bem como palestinos, guerrilheiros e terroristas, se infiltrassem em território israelense.
“Quando o apuramento estiver completo e as autoridades da INMAA e da HALO puderem assegurar que o local está seguro, as igrejas serão devolvidas às respectivas denominações e os visitantes poderão visitar esses locais sagrados”, disse o Ministério da Defesa.
Além da importância clara para a história da religião cristã, a região também tem significado especial para os judeus, que acreditam que foi nesse ponto que hebreus cruzaram o rio durante o êxodo do Egito. Acredita-se também que foi nessa área que o profeta Elias ascendeu aos céus em uma “carruagem de fogo”.

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