Quarta-feira, 26 de Abril de 2017.
Santo do dia: Nossa Senhora do Bom Conselho; São Cleto Cor litúrgica: branco
Evangelho do dia: São João 3, 16-21
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 5, 17-26 Leitura dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias: 17Levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu
partido - isto é, o partido dos saduceus - cheios de raiva e mandaram
prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública. 19Porém, durante a
noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair,
dizendo: 20'Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a
este modo de viver.' 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no
Templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com os seus
partidários e convocou o Sinédrio e o Conselho formado pelas pessoas
importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à
prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e
voltaram dizendo: 23'Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e
os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a
porta, não encontramos ninguém lá dentro.' 24Ao ouvirem essa notícia, o
chefe da guarda do Templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e
perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25Chegou alguém que lhes
disse: 'Os homens que vós colocastes na prisão estão no Templo ensinando
o povo!' 26Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas e
trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o
povo os atacasse com pedras.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo 33 (34)
- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em
minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se
alegrem!
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
- Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu
nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores
me livrou.
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
- Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de
vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o
libertou de toda angústia.
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
-O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu
refúgio!
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,16-21
- Aleluia, Aleluia, Aleluia. - Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3,16):
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que
não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus
não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o
mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, nóo é condenado, mas quem não
crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho
unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os
homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem
pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações
não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da
luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.
- Palavra da Salvação - Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por São João Paulo II (1920-2005), Papa Encíclica «Dives in misericordia», § 7
Todo aquele que nele crê não perece, mas tem a vida eterna
Que nos ensina a cruz de Cristo, que é, em certo sentido, a última
palavra da sua mensagem e da sua missão messiânica? Em certo sentido —
note-se bem —, porque não é ela ainda a última palavra da Aliança de
Deus. A última palavra seria pronunciada na madrugada, quando, primeiro
as mulheres e depois os Apóstolos, ao chegarem ao sepulcro de Cristo
crucificado, o vão encontrar vazio, e ouvem pela primeira vez este
anúncio: «Ressuscitou». Depois, repetirão aos outros tal anúncio e serão
testemunhas de Cristo Ressuscitado.
Mas, mesmo na glorificação do Filho de Deus, continua a estar
presente a Cruz que, através de todo o testemunho messiânico do
Homem-Filho que nela morreu, fala e não cessa de falar de Deus-Pai, que é
absolutamente fiel ao seu eterno amor para com o homem, pois «amou
tanto o mundo», e portanto, o homem no mundo, «que entregou o seu Filho
Unigénito, para que todo o homem que acredita nele não pereça, mas tenha
a vida eterna».
Crer no Filho crucificado significa «ver o Pai» (Jo 14,9), significa
crer que o amor está presente no mundo e que o amor é mais forte do que
toda a espécie de mal em que o homem, a humanidade e o mundo estão
envolvidos. Crer neste amor significa acreditar na misericórdia. Esta é,
de facto, a dimensão indispensável do amor, é como que o seu segundo
nome e, ao mesmo tempo, é o modo específico da sua revelação e atuação
perante a realidade do mal que existe no mundo, que assedia e atinge o
homem, que se insinua mesmo no seu coração e o «pode fazer perecer na
Geena» (Mt 10,28).
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