domingo, 7 de julho de 2019


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Joana D’Arc é absolvida 26 anos após sua morte

Em 7 de julho de 1456, o Papa Calixto 3º absolve Joana D'Arc dos crimes pela qual foi executada

Joana D’Arc é absolvida 26 anos após sua morte
Após ajudar seu país na guerra, Joana foi traída pela nobreza francesa e entregue aos ingleses para ser morta na fogueira (Arte: Wikimedia)
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Em 6 de janeiro de 1412, nasceu uma das mais importantes personagens da história francesa, Joana D’arc. Joana ajudou a França a vencer a guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra. Antes do fim da guerra, em 1930, os líderes de seu país a entregaram aos ingleses temendo que sua força junto à população pudesse derrubá-los do governo. Os ingleses enviaram Joana à fogueira sob acusação de bruxaria.
Joana nasceu em 6 de janeiro de 1412, numa pequena cidade francesa conhecida como Domrémy. O país vivia um momento conturbado social, política e economicamente. Com o rei ausente devido a uma grave doença, a rivalidade entre as casas nobres se acentuou, atrapalhando o governo. Além disso, o país enfrentava a Guerra dos Cem Anos, travada contra a Inglaterra.
Quando Joana completou 10 anos, os reis Carlos VI, da França, e Henrique V, da Inglaterra, morreram. Como o monarca francês não havia deixado nenhum sucessor que fosse reconhecido pelo país vizinho, sua irmã, que era casada com Henrique V, assumiu a regência do trono, abrindo uma brecha para os ingleses controlarem o país. Nesse contexto surgiu a lenda de Joana D’Arc, uma camponesa insatisfeita com o governo britânico, assim como todos os camponeses.
Aos 12 anos, a lendária guerreira, ainda uma camponesa à época, começou a demonstrar sua ligação com o divino, ao afirmar ter ouvido vozes do céu que a diziam para salvar a França e coroar o rei. Em 1429, Joana enviou uma carta ao rei Carlos VII, filho do antecessor, mas não reconhecido pela Inglaterra, pedindo conselhos e o Carlos aceitou ter uma reunião com a camponesa.
D’Arc contou ao rei sobre sua visão, mas o rei só acreditou nela ao contar sobre os pedidos que Carlos havia feito a Deus enquanto rezava sozinho na Igreja. Após passar por testes de teólogos franceses, Joana recebeu uma espada, um estandarte e um exército, para lutar pela França.
Em 1430, Joana d’Arc empreendeu outra campanha militar, mas perdeu e foi levada como prisioneira pelos rivais. Os ingleses sabiam da popularidade da heroína com o rei Carlos 7º e, entregaram-na em janeiro de 1431, a uma corte da Igreja em Rouen, para que fosse julgada. Após um interrogatório de 14 meses, ela foi considerada culpada em 12 itens, entre eles a falsidade de suas visões, o uso de trajes masculinos e o fato de responder diretamente a Deus, e não à Igreja, considerado a mais infame de todas as suas heresias. Ela foi considerada culpada de todas as acusações e, em 30 de maio, Joana d’Arc foi queimada no poste da praça do Mercado Velho, em Rouen.
Depois do fim da Guerra dos Cem Anos, o papa Calixto 3º reabriu o processo contra Joana D’Arc e anulou o julgamento que a condenou à morte e a heroína foi absolvida de todas as acusações, em 7 de julho de 1456, 26 anos após sua morte.
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