FALECIMENTO
Irmã Alberta Girardi morre aos 97 anos em São Paulo
Por Redação
31 de dezembro de 2018
Religiosa nascida na Itália chegou ao Brasil na década de 1970 e teve atuação em mobilizações sociais
Luciney Martins/O SÃO PAULO |
As religiosas da Congregação das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade (Orionitas) e os membros de movimentos e pastorais sociais despediram-se na tarde deste domingo, 30, da Irmã Alberta Girardi, que faleceu à 1h30, e foi sepultada às 15h. Ela tinha 97 anos de idade.
Em nota, o presidente do Regional Sul 1 da CNBB, Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes (SP), manifestou que “o Regional Sul 1 da CNBB rende graças a Deus pelo edificante testemunho de uma vida consagrada a Deus, na opção preferencial e incondicional pelos pobres. Que seu exemplo nos anime a perseverar na construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Irmã Alberta dedicou sua vida junto aos Sem Teto e Sem Terra. Seu exemplo não pode ser nem esquecido nem abandonado. Obrigado Irmã Alberta e que Deus a acolha agora na alegria da vida plena do Seu Reino”.
Em sua página no Facebook, a Arquidiocese de São Paulo também manifestou pesar pelo falecimento de Irmã Alberta.
BIOGRAFIA
Irmã Alberta nasceu em Quarto de Altino, em Veneza, na Itália, em 24 de outubro de 1921. Em 1943, ingressou em um convento, trabalhando inicialmente em um orfanato. Em 1951, foi enviada a Roma, onde criou uma escola profissionalizante de cinema para jovens órfãs e também realizou visitas pastorais a presídios.
Em 1970, a religiosa foi enviada ao Brasil, atuando inicialmente na cidade de Araguaia, até então no Estado de Goiás, onde permaneceu até 1986. De lá, partiu para trabalhos pastorais junto a comunidades ribeirinhas na Ilha de Marajó, no Pará.
Chegou a São Paulo em 1996, onde atuou na Comissão Pastoral da Terra (CPT) e na Pastoral Carcerária, além de estar atenta a realidade das crianças e das pessoas em situação de rua. Por dois anos, viveu pessoalmente em um acampamento de trabalhadores sem terra. Em reconhecimento, um assentamento no km 27 da Rodovia Anhanguera, no território da cidade de São Paulo, tem o nome de Comuna da Terra Irmã Alberta.
Em 2007, a Irmã ganhou o Prêmio Franz de Castro Holzwwarth da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e em 2012, o Prêmio Especial dos Direitos Humanos.
(Com informações do Regional Sul 1 da CNBB e Brasil de Fato)
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