Home > Igreja > 2014-08-29 08:59:23 Imagem da Padroeira de Cuba nos Jardins do VaticanoNa conclusão da Audiência geral desta quarta-feira, 27, na Praça São Pedro, o Papa Francisco enviou uma saudação e bênção a todos os fiéis de Cuba. Na ocasião o Santo Padre, dirigindo-se aos peregrinos cubanos, lembrou que nesta quinta-feira, 28, seria colocada nos Jardins do Vaticano uma imagem da Virgem da Caridade do Cobre, padroeira da ilha. E de facto, assim aconteceu, na manhã desta quinta dia 28 foi colocada uma réplica da imagem de Nossa Senhora (foto - imagem original) nos Jardins do Vaticano, numa cerimónia presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone. Presentes na cerimónia, entre outros, o Arcebispo de Santiago de Cuba e Presidente da Conferência Episcopal de Cuba, (COCC) D. Dionisio García Ibáñez, o Bispo de Santa Clara, D. Arturo González Amador e o auxiliar de Havana, D. Juan de Dios Hernández-Ruíz respectivamente vice-presidente e Secretário geral da COCC. A imagem é uma reprodução fiel da escultura de bronze colocada no início dos anos 50 num eremitério na Baía de Nipe, (Diocese de Holguín) construído no local da descoberta, em 1612, da célebre imagem da Virgem da Caridade. A imagem é venerada hoje pelos fiéis cubanos no Santuário do Cobre, uma pequena cidade a cerca de 20 quilómetros de Havana. A estátua da Padroeira de Cuba une-se às 13 imagens de Nossa Senhora presentes nos Jardins do Vaticano provenientes da Itália e de outros países, entre as quais a Virgem de Guadalupe e de Lourdes. (RS) |
por la unidad de los católicos /pela unidade dos católicos /the union of catholic
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Imagem da Padroeira de Cuba nos Jardins do Vaticano
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Projeto de lei prevê desconto em folha de dízimos e ofertas e abatimento dos valores do Imposto de Renda
Projeto de lei prevê desconto em folha de dízimos e ofertas e abatimento dos valores do Imposto de Renda
Publicado por Tiago Chagas em 25 de agosto de 2014
Tags: Bancada Evangélica, deputado Takayama, Dízimos, dízimos e ofertas, Igrejas Evangélicas, Imposto de Renda, PL 6609
Tags: Bancada Evangélica, deputado Takayama, Dízimos, dízimos e ofertas, Igrejas Evangélicas, Imposto de Renda, PL 6609
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Um novo projeto de lei promete envolvendo dízimos e ofertas de fiéis às igrejas evangélicas promete causar polêmica na sociedade brasileira. A proposta prevê o desconto dos valores destinados pelos fiéis na folha de pagamento, com possibilidade de abater os valores do Imposto de Renda (IR).
O deputado federal e pastor Hidekazu Takayama (PSC-PR), autor do projeto, argumenta que sem uma legislação específica, os fiéis enfrentam “grandes dificuldades” para efetuar as doações às suas respectivas religiões, e os valores acabam não sendo abatidos do IR.
O projeto de lei (PL) 6609/13 prevê que o limite máximo de doação do trabalhador seja de 15%, podendo o fiel escolher valores menores, conforme sua condição financeira pessoal. A nova lei não impõe que as doações sejam feitas dessa maneira, apenas abre uma nova possibilidade.
Segundo informações da Câmara dos Deputados, para que a doação seja descontada em folha e possa ser deduzida do Imposto de Renda, a entidade que receber a doação deverá fazer parte de uma lista da Secretaria de Receita Federal, atendendo a requisitos legais de constituição e funcionamento.
“Muitas vezes, o único apoio que as pessoas carentes conhecem vem de comunidades religiosas, seja apoio espiritual, material ou de natureza médica”, observou o deputado Takayama, destacando a importância de criar mecanismos legais que incentivem as doações dos fiéis.
Agora, o PL 6609/13 foi enviado para análise final nas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovada nessas comissões, a proposta será votada no plenário da Câmara dos Deputados e posteriormente, tramitará no Senado, para se aprovada, ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT).
sábado, 23 de agosto de 2014
CASAMENTO MISTO EM ISRAEL
Casal judeu-muçulmano se casar em Israel sob proteção policial
Um casal de judeus e muçulmanos casar em meio a forte proteção policial na cidade de Rishon Leztion, onde cerca de 200 pessoas protestaram fora do salão de festas.
O local também muitas pessoas passaram a mostrar a sua solidariedade para com o noivo judeu muçulmano e sua noiva, que se converteu ao Islã.
A organização extremista judeu "Lehava" tinha chamado para impedir a cerimônia. O grupo é contra as relações judaicas com membros de outras religiões. A atmosfera também é tensa em Israel por
O local também muitas pessoas passaram a mostrar a sua solidariedade para com o noivo judeu muçulmano e sua noiva, que se converteu ao Islã.
A organização extremista judeu "Lehava" tinha chamado para impedir a cerimônia. O grupo é contra as relações judaicas com membros de outras religiões. A atmosfera também é tensa em Israel por
conflito com os palestinos na Faixa de Gaza.Um tribunal permitiu protestos terá lugar a cerca de 200 metros do local do evento. Cerca de 200 policiais estavam presentes no local para impedir que o casamento é interrompido.
O presidente, Reuven Rivlin, questionou os protestos contra o casamento inter-religioso, que ele descreveu como "inquietante e ultrajante."
"A violência difamação e racismo não têm lugar na sociedade israelense", escreveu ele em sua página no Facebook. Rivlin Desejamos-lhe "saúde, alegria e felicidade", a par de Jaffa (Yafo), um subúrbio de Tel Aviv. DPA
O presidente, Reuven Rivlin, questionou os protestos contra o casamento inter-religioso, que ele descreveu como "inquietante e ultrajante."
"A violência difamação e racismo não têm lugar na sociedade israelense", escreveu ele em sua página no Facebook. Rivlin Desejamos-lhe "saúde, alegria e felicidade", a par de Jaffa (Yafo), um subúrbio de Tel Aviv. DPA
CASAMIENTO MIXTO EN ISRAEL
Pareja judía-musulmana se casa en Israel bajo protección policial
Una pareja judío-musulmana se casó en medio de una fuerte protección policial en la ciudad de Rishon Leztion, donde unas 200 personas se manifestaron frente al salón de fiestas.
Al lugar acudieron además muchas personas para mostrar su solidaridad con el novio musulmán y su novia judía, que se convirtió al Islam.
La organización extremista judía "Lehava" había convocado a impedir la ceremonia. El grupo está en contra de las relaciones de judíos con miembros de otras religiones. El ambiente está además tenso en Israel por el
Al lugar acudieron además muchas personas para mostrar su solidaridad con el novio musulmán y su novia judía, que se convirtió al Islam.
La organización extremista judía "Lehava" había convocado a impedir la ceremonia. El grupo está en contra de las relaciones de judíos con miembros de otras religiones. El ambiente está además tenso en Israel por el
conflicto con los palestinos en la Franja de Gaza.Un tribunal permitió que se llevaran a cabo protestas a unos 200 metros del sitio del evento. Unos 200 policías estuvieron presentes en el lugar para evitar que se interrumpiera la boda.
El presidente, Reuven Rivlin, cuestionó las protestas contra el matrimonio interreligioso, a las que calificó de "preocupantes e indignantes".
"La difamación la violencia y el racismo no tienen lugar en la sociedad israelí", escribió en su página en Facebook. Rivlin le deseo "salud, alegría y felicidad" a la pareja de Jaffa (Yafo), un suburbio de Tel Aviv. DPA
El presidente, Reuven Rivlin, cuestionó las protestas contra el matrimonio interreligioso, a las que calificó de "preocupantes e indignantes".
"La difamación la violencia y el racismo no tienen lugar en la sociedad israelí", escribió en su página en Facebook. Rivlin le deseo "salud, alegría y felicidad" a la pareja de Jaffa (Yafo), un suburbio de Tel Aviv. DPA
CARITAS INTERNACIONAL SOLIDARIA COM IGREJA EM IRAQUE
MUNDO
Roma, Cidade do Vaticano (RV)
Cáritas Internacional solidária com a Igreja iraquiana
Texto Darci Vilarinho | Foto Ana Paula | 22/08/2014 | 10:39
Oscar Maradiaga, presidente da Cáritas Internacional
O cardeal Maradiaga expressa preocupações pela situação no Iraque e elogia «a coragem e a firmeza demonstrada pela Igreja iraquiana e por todas as pessoas de boa vontade diante destes crimes contra a humanidade»
IMAGEM
Em nome da Cáritas Internacional, o cardeal Oscar Maradiaga exprime numa carta ao patriarca dos Caldeus, Louis Sako, total apoio e solidariedade à «Igreja iraquiana, aos agentes da Cáritas local e a todas as congregações religiosas e outras organizações que fornecem ajuda concreta às comunidades perseguidas no país pelas milícias do Estado Islâmico» a fim de aliviar o seu sofrimento, fornecer comida e um teto às pessoas deslocadas.
A carta expressa uma profunda preocupação pela sorte dos cristãos, dos yazidis e das outras minorias obrigadas a fugir da violência dos jihadistas, mas também pelas «consequências que esta onda de violência poderá ter sobre o diálogo islâmico-cristão e sobre a coexistência pacífica desejada e apreciada pela maioria dos muçulmanos e dos cristãos no Médio Oriente e no mundo inteiro».
Elogiando a coragem e a firmeza da Igreja iraquiana diante destes crimes contra a humanidade e recordando as palavras do Papa Francisco que dizia que «a violência não se vence com a violência, mas com a paz», o presidente da Cáritas Internacional dirige-se diretamente aos militantes do Estado Islâmico, apelando para que cessem as suas atrocidades e trabalhem, ao contrário, para a construção da sociedade «onde todos os seres humanos, que pertencem à comunidades minoritárias possam viver em paz».
A carta termina com o apelo aos líderes mundiais para que «seja garantida a segurança das pessoas envolvidas, seja restabelecido o estado de direito e seja interrompido o fornecimento de armas àqueles que cometem estes crimes contra a vida e a dignidade humana».
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sexta-feira, 22 de agosto de 2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
CATOLICISMO NÃO PARA DE CRESCER NA COREIA DO SUL
Catolicismo: Um fênomeno que não para de crescer na Coreia do Sul.
20 agosto 2014Autor: Bíblia Católica | Postado em: IgrejaNão restam duvidas: A Coreia do Sul , de fato, desperta para a verdade e plenitude do evangelho.
Com a chegada de Sua Santidade Francisco à Coreia do Sul,os holofotes do mundo se voltam para o catolicismo por lá. Contudo, a grande mídia tende a mostrar apenas o pontífice como um fenômeno em cenário confortável, o que não é verdade.Mas em breve, a que tudo indica, será. Com uma população de cerca de 49 milhões de pessoas, 10,4% se declara católica, ou seja, 5.442,996 pessoas dizem pertencer a Igreja de Cristo. As noticias são muito animadoras e apontam que mais do que um simples movimento atrás de uma “celebridade da fé”, o povo coreano está se incorporando no corpo mistico de Cristo sob a guia de Seu pontífice. Os últimos dados apontam que em 2013 A Igreja Católica na Coreia do Sul cresceu 1,5% em 2013, de acordo com as estatísticas oficiais da Conferência Nacional dos Bispos, superando largamente o crescimento vegetativo da população. Isso incluí 118.830 catecúmenos, na sua maioria homens adultos (63.285) e 25.589 crianças batizadas . Alem disso, ainda em 2013, foram ordenados 117 sacerdotes, 2,6% a mais do que o ano passado. O número de sacerdotes chegou a 4.901, com 36 bispos, dois Cardeais, 1.564 religiosos regulares e 10.173 freiras. Os fiéis totalizam 5.442.996 e foram atendidas 4.665.194 confissões. Sendo assim, a Coreia do Sul já pode ser considerada como um dos maiores histórias de sucesso da evangelização. Principalmente se levarmos em conta que a Igreja está por lá há apenas 230 anos., uma das evangelizações mais tardias da história da Igreja. As imagens e dados da visita do Papa à Coreia não deixam duvidas: Levando cerca de 800 mil fiéis as ruas, a igreja da Coreia não apenas incha em números de fiéis, mas os incluí verdadeiramente na vida da Igreja, seja nos seus pilares da ação do Espírito Santo (Os sacramentos e o depósito da fé), seja nas tradições que o povo parece querer aprender.
Fonte: Fidespress
terça-feira, 19 de agosto de 2014
PAPA FRANCISCO CELEBRARÁ MISA PELO CENTENÁRIO DO GENOCÍDIO ARMÊNIO
Papa Francisco celebrará missa pelo centenário do Genocídio Armênio
Por Portal Estação Armênia18 de agosto, 2014 12:07
O Papa Francisco celebrará uma Santa Missa por ocasião do centenário do Genocídio Armênio, na Basílica de São Pedro, no 12 de abril de 2015, conforme anunciado pelo Cardeal Arcebispo de Buenos Aires Mario Poli, durante uma missa na Paróquia Católica Armênia de Nossa Senhora da Narek, no domingo, 17 de agosto.
O Padre Paulo Hakimian , pároco da Igreja Católica Armênia disse ao Diário Armênia de Buenos Aires que “O Papa respondeu ao convite da Igreja Católica Armênia feito há um ano pelo Patriarca Nerses Bedros XIX para celebrar uma missa pelo o reconhecimento do genocídio”.
Durante o encontro com o Patriarca de Todos os Armênios Católicos, Nerses Bedros XIX Tarmourini, em junho do ano passado, Sua Santidade Francisco também recebeu a filha de uma família sobrevivente do genocídio armênio. Ao ouvi-la e cumprimenta-lá, o Papa disse: “Foi a primeiro genocídio do século XX”, fato registrado pela imprensa com grande repercussão na época. Esta declaração valeu-lhe a condenação e a crítica do Ministério das Relações Exteriores da Turquia que emitiu uma declaração, considerando que “as expressões usadas Papa Francisco eram absolutamente inaceitáveis.”
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sábado, 16 de agosto de 2014
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
o papa francisco e o islam
Salto qualitativo nas relações entre a Igreja e os muçulmanos
A Santa Sé usa uma linguagem inédita para pedir aos líderes islâmicos que condenem publicamente os crimes contra as minorias do Iraque
© Asianews
A degeneração do conflito que atinge o Iraque levou oPapaFrancisco e seus colaboradores a uma mobilização sem precedentes, que marca um novo salto qualitativo nas relações entre a Santa Sé e os representantes do islamismo.
O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, departamento do Vaticano encarregado de manter, em nome do Papa, as boas relações com o islamismo, acaba de publicar um comunicado para exigir um posicionamento claro e corajoso por parte dos responsáveis religiosos, inclusive muçulmanos.
Este conselho pontifício, dirigido por aquele que foi “ministro de Assuntos Exteriores” de João Paulo II, o cardeal francês Jean-Louis Tauran, nos últimos anos foi extremamente cuidadoso para evitar ferir a sensibilidade dos líderes religiosos islâmicos.
O cardeal Tauran, que foi nomeado pelo Papa Bento XVI para esse cargo em 2007, depois da enorme crise gerada pelas interpretações do seu discurso na universidade alemã de Regensburg, utiliza agora uma linguagem totalmente inusitada no Vaticano (cf. Declaração do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, 12 de agosto de 2014).
O documento se enquadra nesta campanha que o PapaFranciscoestá liderando para enfrentar as atrocidades cometidas contra os cristãos, as comunidades yezidis e demais minorias por parte do autodenominado Estado Islâmico do Iraque e o Levante (ISIS, na sigla em inglês).
O Vaticano acaba de publicar, além disso, a carta que o Papa dirigiu a Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, para exigir da comunidade internacional e das agências da ONU uma reação imediata que impeça a catástrofe humanitária que está ocorrendo no norte do país.
Enquanto este texto era publicado, o cardeal Fernando Filoni fazia as malas para viajar ao Iraque em nome do Papa, levando a proximidade pessoal de Francisco, bem como todo o seu conhecimento sobre o país – acumulado como núncio de João Paulo II –, um dos pouquíssimos diplomáticos que não abandonaram o país durante a Guerra do Golfo de 2003.
A carta enviada pelo Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso pede aos líderes religiosos muçulmanos que condenem a prática execrável da decapitação, da crucificação e de pendurar os cadáveres nas praças públicas.
Da mesma maneira, exige que se oponham à disjuntiva que o Estado Islâmico apresenta aos cristãos e aos yezidis: a conversão aoislamismo, o pagamento de um imposto (jizya) ou o êxodo”.
Reivindica uma reação dos líderes religiosos islâmicos contra o sequestro de meninas e mulheres pertencentes às comunidades yezidis e cristãs, a imposição da prática selvagem da infibulação e a destruição dos lugares de culto e dos mausoléus cristãos emuçulmanos.
“Nenhuma causa pode justificar tal barbárie, muito menos religiosa – explica o Vaticano. Trata-se de uma ofensa extremamente grave contra a humanidade e contra Deus, que é o Criador”, diz o Conselho Pontifício, citando explicitamente o PapaFrancisco.
O Vaticano conclui com uma pergunta: se os líderes religiosos, em particular os muçulmanos, não têm capacidade de denunciar estes crimes sem ambiguidade, “qual credibilidade tem o diálogo inter-religioso que, pacientemente, buscamos continuar ao longo destes anos?”.
O diálogo entre o islamismo e a Igreja Católica acaba de dar um salto qualitativo, baseado na verdade, dita sem meias palavras. Haverá progressos. Continuemos acompanhando.
O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, departamento do Vaticano encarregado de manter, em nome do Papa, as boas relações com o islamismo, acaba de publicar um comunicado para exigir um posicionamento claro e corajoso por parte dos responsáveis religiosos, inclusive muçulmanos.
Este conselho pontifício, dirigido por aquele que foi “ministro de Assuntos Exteriores” de João Paulo II, o cardeal francês Jean-Louis Tauran, nos últimos anos foi extremamente cuidadoso para evitar ferir a sensibilidade dos líderes religiosos islâmicos.
O cardeal Tauran, que foi nomeado pelo Papa Bento XVI para esse cargo em 2007, depois da enorme crise gerada pelas interpretações do seu discurso na universidade alemã de Regensburg, utiliza agora uma linguagem totalmente inusitada no Vaticano (cf. Declaração do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, 12 de agosto de 2014).
O documento se enquadra nesta campanha que o PapaFranciscoestá liderando para enfrentar as atrocidades cometidas contra os cristãos, as comunidades yezidis e demais minorias por parte do autodenominado Estado Islâmico do Iraque e o Levante (ISIS, na sigla em inglês).
O Vaticano acaba de publicar, além disso, a carta que o Papa dirigiu a Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, para exigir da comunidade internacional e das agências da ONU uma reação imediata que impeça a catástrofe humanitária que está ocorrendo no norte do país.
Enquanto este texto era publicado, o cardeal Fernando Filoni fazia as malas para viajar ao Iraque em nome do Papa, levando a proximidade pessoal de Francisco, bem como todo o seu conhecimento sobre o país – acumulado como núncio de João Paulo II –, um dos pouquíssimos diplomáticos que não abandonaram o país durante a Guerra do Golfo de 2003.
A carta enviada pelo Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso pede aos líderes religiosos muçulmanos que condenem a prática execrável da decapitação, da crucificação e de pendurar os cadáveres nas praças públicas.
Da mesma maneira, exige que se oponham à disjuntiva que o Estado Islâmico apresenta aos cristãos e aos yezidis: a conversão aoislamismo, o pagamento de um imposto (jizya) ou o êxodo”.
Reivindica uma reação dos líderes religiosos islâmicos contra o sequestro de meninas e mulheres pertencentes às comunidades yezidis e cristãs, a imposição da prática selvagem da infibulação e a destruição dos lugares de culto e dos mausoléus cristãos emuçulmanos.
“Nenhuma causa pode justificar tal barbárie, muito menos religiosa – explica o Vaticano. Trata-se de uma ofensa extremamente grave contra a humanidade e contra Deus, que é o Criador”, diz o Conselho Pontifício, citando explicitamente o PapaFrancisco.
O Vaticano conclui com uma pergunta: se os líderes religiosos, em particular os muçulmanos, não têm capacidade de denunciar estes crimes sem ambiguidade, “qual credibilidade tem o diálogo inter-religioso que, pacientemente, buscamos continuar ao longo destes anos?”.
O diálogo entre o islamismo e a Igreja Católica acaba de dar um salto qualitativo, baseado na verdade, dita sem meias palavras. Haverá progressos. Continuemos acompanhando.
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