Biografia

Naturalidade: Sexto São – Milão – Itália
Filiação: Carlos Recalcati e Giudita Strada
Vestição Religiosa – Lovere – 28.02.1884
1a Profissão Religiosa Lovere – 02.03.1885
Profissão Votos Solenes – Milão – 02.03.1888
Ordenação Sacerdotal – Milão – 23.05.1891
Recebeu Crucifixo Missionário – 04.11.1894
Chegada à Missão (S. Luiz-MA) – 03.12.1894
Fundação Congregação I.M.C – 18.12.1904
Regresso para a Casa do Pai – 05.12.1913
Abertura Processo de Beatificação – 17.09.1997

“Por muitos anos, o vulto do superior FREI JOÃO PEDRO DE SEXTO nos aparecerá como o tipo perfeito do missionário modelo, do administrador exímio e consciencioso, do Superior meigo e conforme o Coração de Jesus, modelado no mais puro espírito seráfico”

Nascimento.
O Servo de Deus Frei  João Pedro de Sexto São João (Clemente Recalcati) nasceu e foi batizado no dia 9 de setembro de 1868, em Sexto São João. Naquela época, sexto João era uma pequenina vila, povoada por agricultores e que distava seis milhas de Milão Itália.

Filiação.
Foram seus pais Carlos Recalcati e Giudita Strada, que eram pobres e humildes, mas, e profundamente cristãos. Jamais descuidaram o dever de educadores da fé e plasmadores da personalidade dos filhos que Deus lhes confiava.

Infância e Adolescência.
Foi uma criança que, precocemente, demonstrou sentimentos de amor a Deus. Gostava de rezar e era misericordioso, especialmente, com os pobres. Na escola chegava a repartir sua merenda com quem não tinha nada.
Era piedoso e várias vezes foi descoberto rezando diante de Nossa Senhora, em seu quarto. Tinha uma devoção especial e um amor ardente a Jesus Sacramentado e quando era mandado fazer uma pequena compra, ele não voltava para casa sem antes entrar na Igreja.
A mãe, percebendo a demora, quis segui-lo e acabou surpreendendo-o em oração diante do altar.
Foi também um jovem sincero, aplicado, cumpridor do dever, amante do estudo, dócil e tranquilo, dado à piedade e apaixonado pela Missão.

PERSONALIDADE E ESTILO DE VIDA
Homem maduro, preparado para o sacrifício, trabalhador, humano e compreensivo no relacionamento com os outros. Possuía um caráter amável e paterno.
Bastavam poucas palavras para incentivá-lo ao zelo, à coragem cotidiana, ao sacrifício, ao serviço generoso de Deus e do próximo.
Inteligência, vontade, energia, entusiasmo apostólico, tudo nele visava a realizar uma grande obra, com coração grande e generoso, com plena confiança na Providência Divina e na bondade fundamental dos homens.
Pe. Debois disse que até o rosto e os olhos de Frei João Pedro tinham uma transparência de paz, bondade, certeza de Deus; era um íntegro homem do evangelho.

ELÃ MISSIONÁRIO
Frei João Pedro fez-se frade capuchinho para ser missionário. Cristo e seu Reino eram o centro de sua vida. Impulsionado pelo ideal missionário, enfrentou florestas, sertões, áreas pantanosas, viagens perigosas e enfadonhas; a fé e o amor a Deus eram sua alegria. Quando se referia a essas viagens dizia: ”as duras, mas gostosas fadigas das missões”…
Sobre os idéias e fundamento da Missão fundou a CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS MISSIONÁRIAS CAPUCHINHAS para ocupar-se da Educação da Juventude feminina no Prata (PA).

SUA ESPIRITUALIDADE
Seguindo o seu exemplo, as Irmãs Missionárias Capuchinhas realizam seu trabalho na Educação, nas Obras Sociais, no meio dos pobres e na ad gente como um serviço missionário para o Reino de Deus, em fidelidade ao Dom recebido de seu Fundador: “Ide com CORAGEM e santa ALEGRIA evangelizar os povos, ide instruir e catequizar todas as gentes e derramar sobre elas a infinita MISERICÓRDIA divina”.

UM CAMINHO QUE DEVE SER FEITO COM:
CORAGEM – para não faltar disposição para a luta, para não faltar firmeza de rumo e clareza de horizontes, diante de todos os ventos e tempestades.
 ALEGRIA – por firmar nossas convicções em valores com a liberdade, a justiça e a fraternidade e ajudar na construção de uma sociedade mais cristã.
MISERICÓRDIA – para procurar ter o coração misericordioso de Deus e inclinar-se, com ternura, a toda pessoa que necessita de cuidado, de doçura e de compaixão.