Segunda-feira, 29 de Outubro de 2018.
Santo do dia: São Teodário, abade Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Lucas 13, 10-17
Primeira leitura: Efésios 4, 32-5, 8 Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:
Irmãos: 32Sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. 5,1Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. 2Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor. 3A devassidão, ou qualquer espécie de impureza ou cobiça sequer sejam mencionadas entre vós, como convém a santos. 4Nada de palavras grosseiras, insensatas ou obscenas, que são inconvenientes; dedicai-vos antes à ação de graças. 5Pois, sabei-o bem, o devasso, o impuro, o avarento - que é um idólatra - são excluídos da herança no reino de Cristo e de Deus. 6Que ninguém vos engane com palavras vazias. Tudo isso atrai a cólera de Deus sobre os que lhe desobedecem. 7Não sejais seus cúmplices. 8Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo 1
- Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
R: Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.
- Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
R: Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.
- Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.
R: Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13, 10-17
- Aleluia, Aleluia, Aleluia. - Vossa Palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. 12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: 'Mulher, estás livre da tua doença.' 13Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou, e começou a louvar a Deus. 14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: 'Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, mas não em dia de sábado.' 15O Senhor lhe respondeu: 'Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?' 17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.
- Palavra da Salvação - Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho por Catecismo da Igreja Católica §1730; 1739-1742
«E esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia libertar-se desse jugo?»
Deus criou o homem racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do domínio dos seus próprios atos. «Deus quis "deixar o homem entregue à sua própria decisão" (Sir 15, 14), de tal modo que procure por si mesmo o seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegue à total e beatífica perfeição»: «O homem é racional e, por isso, semelhante a Deus, criado livre e senhor dos seus atos» (Santo Ireneu). [...]
A liberdade do homem é finita e falível. E, de facto, o homem falhou. Livremente, pecou. Rejeitando o projecto divino de amor, enganou-se a si mesmo; tornou-se escravo do pecado. Esta primeira alienação gerou uma multidão de outras. A história da humanidade, desde as suas origens, dá testemunho de desgraças e opressões nascidas do coração do homem, como consequência de um mau uso da liberdade. [...] Afastando-se da lei moral, o homem atenta contra a sua própria liberdade, agrilhoa-se a si mesmo, quebra os laços de fraternidade com os seus semelhantes e rebela-se contra a verdade divina.
Pela sua cruz gloriosa, Cristo obteve a salvação de todos os homens. Resgatou-os do pecado, que os retinha numa situação de escravatura. «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gal 5,1). N'Ele, nós comungamos na verdade que nos liberta (Jo 8,32). Foi-nos dado o Espírito Santo e, como ensina o Apóstolo, «onde está o Espírito, aí está a liberdade» (2Cor 3,17). Já desde agora nos gloriamos da «liberdade dos filhos de Deus» (Rom 8,21).
A graça de Cristo não faz concorrência, de modo nenhum, à nossa liberdade, quando esta corresponde ao sentido da verdade e do bem que Deus colocou no coração do homem. Pelo contrário, e como certifica a experiência cristã sobretudo na oração, quanto mais dóceis formos aos impulsos da graça, tanto mais crescem a nossa liberdade interior e a nossa segurança nas provações, como também perante as pressões e constrangimentos do mundo exterior. Pela ação da graça, o Espírito Santo educa-nos para a liberdade espiritual, para fazer de nós colaboradores livres da sua obra na Igreja e no mundo.
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